Eu confesso que cheguei aqui com uma sensação de desconfiança e receio. Talvez porque não tinha entrado em contato com o Nisargan em função de alguma indicação. E não tinha certeza da seriedade e consistência de sua abordagem. Tinha visto algumas coisas postadas (no Youtube, etc) e também tivemos uma conversa há um ano, mas ainda assim estava com algumas dúvidas (cabe salientar que talvez este conjunto de sentimentos misturados tem a ver com outras experiências passadas não tão positivas de retiros).
Mas fui percebendo desde o início a força e integridade inerente aos seus aportes, que tudo o que se trazia brotava de um lugar que é incontestável: a experiência vivida. Gostei muito de sua humildade, ao compartilhar sua experiência anterior com cada técnica/dinâmica e o que representava dentro de sua jornada espiritual.
Senti como se eu também fizesse parte de um grande laboratório de experimentação deste amplo leque de práticas de meditação. E que havia abertura para feedbacks dos/as participantes para “remodelagem”/reconstrução de alguns modos de fazer a meditação, ou seja, não são apresentadas e experimentadas como pacotes fechados e cristalizados. Também percebi, e gostei bastante, de sua postura flexível e elástica. A programação do retiro também não foi algo “escrito em pedra” de antemão. Houve possibilidades para ajustes e rearranjos.
O lugar em si transmite uma energia tão positiva e possibilita o contato constante com a natureza, o que proporcionou uma maior intimidade com o grupo e com as vivências que foram propostas.