Deparar-me com uma montanha gigante e bela à minha frente foi fantástico! As montanhas me trouxeram uma mensagem naquele momento: que eu precisaria transpô-las.
Eu não me dava conta, mas estava com várias delas dentro de mim quando cheguei aqui.
Foi para mim um aperfeiçoar de técnicas, bagagens que me foram necessárias para chegar até aqui.
Aqui, no último dia do Retiro, sentada à frente das montanhas, concluo que não desprezo as bagagens que eu trouxe até aqui, das coisas que aprendi na minha caminhada até este lugar belo da Natureza.
Tudo o que tinha aprendido antes daqui simplesmente e amorosamente viraram ferramentas. Pois eu não sabia o que era a Presença, como estar presente, como pegar o flagrante da ausência e poder retornar a ficar presente.
Não sabia que eu podia ficar presente mesmo quando a situação ou a sensação fosse desconfortável. Eu achava que estar presente era estar bem, estar em paz, estar tranquila. E é por isso, de repente, que por muitas vezes não conseguia estar presente. Nem nas meditações que fazia antes daqui, muito menos nas situações e sensações complicadas e difíceis do dia a dia, dos momentos em si… no concreto…
Sei que será mais fácil usar das estratégias que foram ensinadas por Nisargan nos “momentos” meditativos. Mas todas as vivências, experiências, sensações reais e verdadeiras (o sentir-me espontânea) com certeza me farão seguir adiante das minhas montanhas interiores no dia a dia.
O Reveillon foi mágico, conheci pessoas maravilhosas e especiais, amei a Gyata, a Creuza e o Nisargan que fizeram tudo isso acontecer. E agradeço a todos os animais presentes nas minhas vivências, em especial às cadelas.
AMO TODOS e o que vivi!!